De joelhos ante ela me entregueiBeijei seus pés como fosse bênção em mim
E deixei que a língua, minha cobra venenosa, subisse.
Fui tatuando espaços inimagináveis em cada canto das coxas dela
Com as mãos elevadas e metidas dentro dos tecidos prendi-lhe o quadril entre dedos
Minha boca faminta, a sua vagina devorou!
Eu não tive pena... Nem preguiça
Naquele momento fiz do chão meu altar
E ela, minha santa inatingível, ia perdendo a arrogância nos deslizes da língua
Os joelhos ardiam...E suas unhas cravavam minha nuca arrancando sais dos meus olhos
Nesse instante seu corpo era minha fome
E seu gozo...
Minha sede!Mas foi no repente final, quando suas pernas tremiam sem parar
Que eu senti minha face lambuzarUm agridoce quente misturado em cheiros...

“e seu grito foi tão devastador que até Deus, em sua infinita solidão despertou”

...porque ele já sabia. Sabia sim!


InSaNnO











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